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   BC vê queda forte do PIB no 1º semestre

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avaliou nesta terça-feira (12) que as projeções apontam para uma "recessão global com poucos precedentes históricos". A avaliação foi feita por meio da ata de sua última reunião, quando os juros básicos da economia foram reduzidos para a mínima histórica de 3% ao ano.

No Brasil, afirmou o BC, há evidência suficiente de que a economia sofrerá forte contração no segundo trimestre deste ano. "O cenário básico considerado pelo Copom passou a ser de uma queda forte do PIB na primeira metade deste ano, seguida de uma recuperação gradual a partir do terceiro trimestre" de 2020, acrescentou.

As previsões do BC de tombo do Produto Interno Bruto (PIB) foram feitas em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Inflação em queda

Por conta da forte queda no nível de atividade, o Copom opinou que o impacto da pandemia sobre a economia brasileira será desinflacionário e diz que iniciou um processo de revisão para baixo nas expectativas de inflação "para níveis não compatíveis com as metas, em particular para o horizonte relevante da política monetária (até o fim de 2021)".

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para este ano, a meta central é de 4% e, para 2021, de 3,75%. Há, porém, uma faixa pela qual a inflação pode oscilar 1,5 ponto percentual para cima, ou para baixo, sem que a meta seja formalmente descumprida.

O mercado financeiro prevê inflação de 1,76% para este ano, abaixo do piso de 2,5% do sistema de metas para este ano, e de 3,25% para 2021. Já o BC informou que estima um IPCA em torno de 2,4% para 2020 e 3,4% para 2021 (com a taxa de juros prevista pelo mercado e câmbio fixo em R$ 5,55 por dólar).

O Copom também reafirmou, por meio da ata de sua última reunião, que o compromisso com a meta para a inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional "que sempre foi e segue sendo o principal objetivo da política monetária [definição dos juros básicos para atingir a inflação fixada no sistema de metas]".

Taxa de juros

Diante da contração da economia e seu impacto sobre a inflação ? que pode ficar abaixo do piso do sistema de metas ?, o BC informou que dois integrantes do Copom ponderaram que poderia ser oportuno dar todo o estímulo necessário de imediato (realizar um corte agressivo na taxa Selic), em conjunto com a sinalização de manutenção da taxa básica pelos próximos meses.

O argumento desses diretores do BC é que isso reduziria os riscos de não cumprimento da meta para a inflação de 2021.

"Entretanto, foi preponderante a avaliação de que, frente à conjuntura de elevada incerteza doméstica, o espaço remanescente para utilização da política monetária [novas reduções da Selic] é incerto e pode ser pequeno", acrescentou o Banco Central, na ata do Copom.

O BC reafirmou que, para sua próxima reunião, marcada para meados de junho, o Copom considera um último corte na taxa Selic "não maior do que o atual [0,75 ponto percentual], para complementar o grau de estímulo necessário como reação às consequências econômicas da pandemia da Covid-19".

Limite para queda de juros

O Comitê de Política Monetária informa que, em sua última reunião, chegou a discutir a "potencial existência de um limite efetivo mínimo [um piso] para a taxa básica de juros brasileira".

"A maioria dos membros ponderou que o limite seria significativamente maior em economias emergentes do que em países desenvolvidos, devido à presença de um prêmio de risco. Foi ressaltado que esse prêmio tende a ser maior no Brasil, dadas a sua relativa fragilidade fiscal [rombos nas contas públicas] e as incertezas quanto à sua trajetória fiscal prospectiva", informou.

Nesse contexto, o BC informou que o Brasil já "estaria próximo do nível onde reduções adicionais na taxa de juros poderiam ser acompanhadas de instabilidade nos mercados financeiros e nos preços de ativos [alta maior ainda no dólar, por exemplo]".

Por outro lado, um membro do Copom argumentou que, em princípio, não há razão para a existência de tal limite mínimo operacional, já que os tradicionais canais da política monetária continuariam operantes. Ainda assim, esse membro admitiu que a proximidade da taxa de juros desse limite mínimo poderia gerar efeito sobre "ativos financeiros", como disparada do dólar.

Por fim, o BC informou que o Copom como um todo "reconheceu a importância de gradualismo na condução da política monetária para avaliação da resposta dos preços de ativos financeiros".

Fonte: G1


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